Dicas de como estudar Língua Portuguesa para o INSS
A Língua Portuguesa está presente na nossa vida desde que começamos os estudos, por isso se tratando de Concurso Público, não seria diferente! No concurso do INSS é cobrado questões relacionadas a Língua Portuguesa, por isso a professora Giancarla preparou algumas dicas que você precisa saber para se “dar bem” na prova.
Dica 1 – Emprego de Pronomes.
Os pronomes oblíquos podem exercer função sintática de objeto direto ou objeto indireto. Fique atento às diferenças:
– lhe exerce sempre a função de objeto indireto na oração.
me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos como objetos indiretos.
o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos diretos.
Também é importante perceber algumas particularidades com os pronomes o, os, a, as:
– Quando o verbo termina em -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo tempo que a terminação verbal é suprimida.
fiz + o = fi-lo
fazeis + o = fazei-lo
dizer + a = dizê-la
– Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as formas no, nos, na, nas.
viram + o: viram-no
repõe + os = repõe-nos
retém + a: retém-na
tem + as = tem-nas
Dica 2 – Vozes Verbais
Os verbos podem ser classificados sob vários aspectos e um deles é quanto à voz verbal. Quanto a esse aspecto, podemos ter três vozes. É imprescindível que seja feita uma diferenciação, a fim de que se consiga perceber quando pode ser feita uma transposição de voz.
Ativa
Quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expressa pelo verbo.
Ele realizou o trabalho.
Passiva
Quando o sujeito é paciente, recebendo a ação expressa pelo verbo.
O trabalho foi realizado por ele.
Reflexiva
Quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e paciente, isto é, pratica e recebe a ação.
Josefina feriu-se.
Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a noção de reciprocidade.
Os noivos beijaram-se.
Transposição de voz
A transposição de voz somente pode ser feita quando há um objeto direto, pois este vai transformar-se em sujeito na voz passiva. Desse modo, podemos deduzir que, para haver a transposição de voz da ativa para a passiva, é necessário que tenhamos um VTD (verbo transitivo direto) ou um VTDI (verbo bitransitivo).
Dica 3 – Período Simples e Composto
Para se fazer uma análise sintática, é importante que se conheça o que é um período.
Período é a frase constituída de uma ou mais orações, formando um todo, com sentido completo. O período pode ser simples ou composto.
Período Simples: é aquele constituído por apenas uma oração, que recebe o nome de oração absoluta.
Por exemplo:
Quero aquelas flores.
O tempo é o melhor remédio.
Período Composto: é aquele constituído por duas ou mais orações.
Quero aquelas flores para presentar minha mãe.
Vou gritar para todos ouvirem que estou sabendo o que aconteceu.
Dica 4 – Sujeito
Sujeito é um termo sintático e pode ser:
Determinado (simples, composto, oculto)
Indeterminado
Inexistente (também conhecido como oração sem sujeito)
Obs.: sujeito oracional e voz passiva: o sujeito é determinado.
Sujeito Determinado
É aquele que se pode identificar com precisão a partir da concordância verbal.
a) Simples: um núcleo. Ex.: Os alunos do Alfa fizeram a prova.
b) Composto: dois ou mais núcleos. Ex.: O pai e o filho compraram um celular.
c) Oculto, Implícito, Desinencial, Elíptico: não está explícito, mas pode ser identificado. Ex.: Os governantes precisam agir de forma lícita, pois são os responsáveis por um país.
Sujeito Indeterminado
É aquele que, embora existindo, não se pode determinar nem pelo contexto, nem pela terminação do verbo.
a) Verbo na 3ª pessoa do plural. Ex.: Procuraram você por todos os lugares.
b) Verbo ativo na 3ª pessoa do singular + SE. Exemplos:
Vive-se melhor no campo. (Verbo Intransitivo)
Precisa-se de voluntários. (Verbo Transitivo Indireto)
Durante a prova, sempre se fica nervoso. (Verbo de Ligação)
c) Verbo no infinitivo impessoal: Era penoso estudar todo aquele conteúdo.
Oração Sem Sujeito
É formada apenas pelo predicado e articula-se a partir de um verbo impessoal.
a) Verbos que exprimem fenômenos da natureza:
Nevar, chover, ventar, gear, trovejar, relampejar, amanhecer, anoitecer, etc.
b) Verbos ser, estar, fazere haver, quando usados para indicar uma ideia de tempoou fenômenos meteorológicos:
É noite. (Período do dia)
Fez muito calor ontem.
Dica 5 – Advérbio
Em relação aos advérbios, vale a pena destacar a única possibilidade de flexão.
Os advérbios são palavras invariáveis, isto é, não apresentam variação em gênero e número. Alguns advérbios, porém, admitem a variação em grau.
Grau Comparativo
Forma-se o comparativo do advérbio do mesmo modo que o comparativo do adjetivo:
– de igualdade: tão + advérbio + quanto (como)
Por exemplo: Renato fala tão alto quanto João. Renato fala tão alto como João.
– de inferioridade: menos + advérbio + que (do que)
Por exemplo: Renato fala menos alto do que João. Renato fala menos alto que João.
– de superioridade:
Analítico: mais + advérbio + que (do que)
Por exemplo: Renato fala mais alto do que João. Renato fala mais alto que João.
Sintético: melhor ou pior que (do que)
Por exemplo: Renato fala melhor do que João. Renato fala melhor que João.
Grau Superlativo
O superlativo pode ser analítico ou sintético:
– Analítico: acompanhado de outro advérbio.
Por exemplo: Renato fala muito alto.
muito = advérbio de intensidade
alto = advérbio de modo
– Sintético: formado com sufixos.
Por exemplo: Renato fala altíssimo.