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Atualidades: a invasão russa à Ucrânia pode levar à 3ª guerra mundial?

A disciplina de atualidades cai na grande maioria dos concursos públicos e a Invasão russa à Ucrânia pode ser um dos temas

O conflito que definitivamente é considerado uma das maiores agressões do século XXI e uma das maiores guerras após a Segunda Guerra Mundial, está a mais de 2 anos em pleno desenrolar, e pelo jeito, não há previsão de terminar. Certamente este é um dos assuntos hoje mais comentados, principalmente pelos aspectos intrinsicamente ligados ao conflito, a parte beligerante em si, mas não apenas isso. O mundo inteiro voltou os seus olhares para a invasão russa à Ucrânia, bem como para os desdobramentos que este conflito está tendo e o que ainda está por vir. Veja como a disciplina de atualidades pode abordar a invasão russa.

INVASÃO RUSSA À UCRÂNIA

Antes de analisarmos em que pé está o conflito neste momento, é de grande importância relembrar quais são os fatores que servem como pano de fundo e até mesmo justificativa para tal invasão. Além disso, é de suma grandeza compreender os acertos internacionais e a dinâmica geopolítica que circunda este conflito, o qual é envolto de uma gama de nações que não estão apenas interessadas em ver um fim da guerra, mas também um fim em que muitas delas se privilegiem.

Por fim, deve-se atentar para os players envolvidos no conflito, ou seja, os personagens que parecem até ser coadjuvantes nesta história toda, mas que de uma forma ou de outra acabam interferindo de uma maneira ou de outra. Além disso, é mister demonstrar para você aluno que este tema, de tamanha importância e sem data para terminar, já está sendo cobrado como questões em provas em que há em seus respectivos conteúdos programáticos, a matéria de atualidades.

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ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Após o fim da URSS em 1991, a Rússia e a Ucrânia continuaram a manter laços estreitos. Em 1994, a Ucrânia concordou em deixar de lado o seu arsenal nuclear e o entregou à Rússia, assinando o Memorando de Budapeste. As condições do referido memorando eram as de que a Rússia, os EUA e o Reino Unido dariam garantias contra a ameaça ou uso de força contra a integridade territorial ou independência política da Ucrânia. Ainda em 1999, a Rússia reafirmou este compromisso, através da Carta para a Segurança Europeia.

Mesmo sendo uma nação independente, a Ucrânia possuía ligações históricas com a Rússia, tendo feito parte do território russo em alguns momentos, não apenas durante a Guerra Fria, mas muito antes disso. A Ucrânia já foi a sede do governo do que estava se consolidando como o reino de Kiev e Rus, durante o século XVII, no governo do rei Pedro e da rainha Catarina.

As relações históricas e étnicas contribuíram para o estabelecimento da Ucrânia como uma das repúblicas socialistas soviéticas, ao longo da Guerra Fria. Mesmo após 1991, a elite russa via o território como parte de sua esfera de influência

A Ucrânia fez parte do bloco soviético durante toda a Guerra Fria, tornando-se novamente independente somente em 1991 com o desmantelamento da URSS. Nesse ínterim, no ano de 1954, a península da Crimeia, que pertencia até então ao território russo, foi cedida para a Ucrânia em uma manobra interpretada como simbólica e estratégica. Quase seis décadas mais tarde, essa área retornaria para o domínio russo, causando uma profunda crise diplomática e geopolítica com a Ucrânia, conhecida como questão da Crimeia, que se desenrolaria no conflito atual.

A anexação da Crimeia em 2014 foi um prelúdio para o que está acontecendo agora. Naquele momento, a Ucrânia enfrentava uma série de manifestações populares, no episódio conhecido como Euromaidan, o qual originou a destituição do presidente Russo Viktor Yanukovych. Após isso, surgiu um conflito no sudeste da Ucrânia, área com considerável quantidade de russos, no qual parte da população e do governo, contrários ao que estava ocorrendo em Kiev, passaram a reivindicar o estreitamento das relações com Moscou, ou até mesmo a unificação com a Rússia. Essas tensões resultaram na anexação da Crimeia pelos russos, fato que não obteve o reconhecimento internacional e muito menos o da Ucrânia. A partir de então, a Ucrânia passaria a buscar saídas para a situação, saídas estas que envolvem as motivações para a invasão russa ao seu território.

OS MOTIVOS DA INVASÃO

A Ucrânia, como uma maneira de buscar garantias e apoios, passou a flertar com os países ocidentais, mais especificamente com os países da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e da União Europeia, a ponto de acenar favoravelmente à sua adesão. Geopoliticamente, para a Rússia, perder a Ucrânia para uma organização militar que durante a Guerra Fria foi ativamente combativa em relação ao seu território não era apenas uma derrota, mas uma ameaça à sua soberania.

Outro argumento usado pela Rússia, é o de que, na parte mais ao leste, próxima ao território da Rússia havia regiões (Donbas) que pleiteavam a sua independência ou seu anexação ao território russo, já que parte desta população era de nacionalidade ou relações étnicas com a Rússia.

Ao invadir o território, o presidente russo Vladimir Putin, alegou que o governo de Volodymyr Zelenski, presidente ucraniano, estaria cometendo atitudes nazistas para com a população de toda a Ucrânia, e isso não poderia ser tolerado.

Além destes motivos há também as acusações do governo russo de genocídio por parte da Ucrânia. Em 9 de dezembro de 2021, o presidente russo Vladimir Putin falou de discriminação contra falantes de russo fora da Rússia. Em 15 de fevereiro de 2022, Putin repetiu à imprensa: “O que está acontecendo no Donbass é exatamente genocídio”.

O CONFLITO

Em uma guerra travada inicialmente em 3 fronts (Norte, Oriental e Sul) a Rússia utilizou-se de uma tática de cercar o inimigo, visto que ao sul, o domínio da Crimeia pelos russos, facilitou a entrada destes. E desde então, uma série de ataques e batalhas têm trazido à esta região um verdadeiro inferno causando a morte de aproximadamente 180 mil mortos e feridos por parte da Rússia, enquanto a Ucrânia teve 100 mil mortos ou feridos, juntamente com 30 mil mortes de civis.

Embora a Ucrânia, no início do conflito, estivesse praticamente diante de uma batalha digna de comparar com a narrativa bíblica de Davi e Golias, sendo a Ucrânia a figura de Davi, este país passou a receber apoio militar de várias nações do planeta, principalmente, os países que estariam envolvidos com a situação, os membros da OTAN.

O conflito em si no geral mostra que a Rússia não soube taticamente usar algumas de suas vantagens, e que a Ucrânia, devido ao suporte bélico que está recebendo, em alguns momentos conseguiu conter os avanços dos russos. Dentro deste aspecto, o que a Ucrânia agora mais quer é reconquistar os seus territórios expulsando o invasor de seu país, e de quebra, recuperar a Península da Crimeia.

VAI TER 3ª GUERRA MUNDIAL?

É preciso lembrar que em meio a tudo isso, este conflito é um aceno à possibilidade de uma escalada de proporções nunca vistas, principalmente com os armamentos nucleares que a Rússia possui. Isso é algo que vêm trazendo uma perspectiva armagedônica, pois, a Rússia é um dos players que dispõe deste tipo de armamento. Do outro lado do conflito, entre os membros da OTAN, muitos deles também possuem material para provocar uma escalada tão grande que, alguns especialistas até se permitem dizer que o envolvimento de mais nações no conflito causaria a 3ª Guerra Mundial. Quem coloca esta possibilidade, a do uso de artefatos nucleares, é o presidente russo.

Recentemente, o atentado contra o Primeiro-Ministro da Eslováquia, Robert Fico, o qual aparentemente mostra um discurso de não-fornecimento de armas à Ucrânia e a defesa de um discurso pró-Rússia e anti-USA, deixou o cenário ainda mais preocupante. Além disso, com declarações de líderes de nações que fazem parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), sobre a continuidade do apoio econômico e militar à Ucrânia, bem como a autorização para o uso de armamentos e do espaço aéreo e portos – como a Alemanha, a França, a Dinamarca e a Suécia – a guerra parece que não irá arrefecer. A Rússia também buscou apoio no mês passado, junto à China. Será que Pequim vai ajudar?

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Ainda assim, estamos vivendo e convivendo com as batalhas e com tudo o que o a guerra proporciona, não apenas ao povo ucraniano, mas em relação também ao mundo. Espera-se que da melhor maneira possível e o mais rápido, este conflito chegue a um final em que, a Rússia deixe o território ucraniano, indenizando o povo da Ucrânia pelos malefícios causados e que a Rússia compreenda que não estamos mais na época da Guerra Fria (ou ainda estamos?)

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