Como estudar Língua Portuguesa para a ANAC
Dia 20 de março acontecem as provas para o Concurso da ANAC. Quanto mais você estudar, mais chances aumentam de você conseguir a tão desejada aprovação. Nós do AlfaCon desejamos isso mais do que nunca, por isso, preparamos uma série com dicas para a ANAC. Começando com Língua Portuguesa ministrada pela professora Janaina Arruda.
Dica 1
Conhecer o significado de algumas palavras poderá salvar a vida de muito concurseiro. Existem dois grupos que merecem destaque:
Parônimos: são aqueles vocábulos que são parecidos, mas apresentam significados bem diferentes. Podemos mencionar como exemplo os vocábulos “absorver” e “absolver”; enquanto este significa inocentar, aquele significa sugar.
Homônimos: são aqueles vocábulos que podem apresentar uma igualdade fonética ou até mesmo na grafia. Algumas vezes essa igualdade é tanto na grafia quanto na fonética. Portanto, vamos dividi-los em algumas categorias:
- Homógrafos: possuem a mesma grafia, mas são foneticamente diferentes.
Exemplo: colher = utensílio de cozinha; colher= verbo
- Homófonos: possuem a mesma fonética, mas são escritos de forma diferente.
Exemplo: cela= prisão; sela=montaria
- Homônimos perfeitos: possuem a mesma grafia e a mesma fonética, a diferença só é percebida pelo contexto.
Exemplo: manga= fruta; manga=parte da blusa
Dica 2
Existe muita confusão na identificação adequada do A, pois ele pode desempenhar diferentes funções na língua portuguesa, ou seja, pode ser artigo, pronome, preposição…
Vejamos alguns exemplos:
- João encontrou a bicicleta na rua.
Nesse caso, o A é considerado um artigo, pois está acompanhando o substantivo “bicicleta” e concordando com esse em gênero e número.
- Daqui a dois dias irei visitar minha família.
Nessa situação, o A desempenha papel de preposição, veja que após o A temos o numeral “dois” (cardinal) e esse não é acompanhado de artigo.
- Você viu Maria? Eu a vi na rua, perto da minha casa.
Nesse outro caso, o A é um pronome oblíquo átono que substitui o nome “Maria”.
Dica 3
Uma das dificuldades para quem estuda a língua portuguesa é diferenciar o Complemento Nominal do Adjunto Adnominal. Seguindo algumas dicas, será fácil perceber a diferença:
- Complemento Nominal:
- completa o sentido de substantivos abstratos, adjetivos e advérbios;
- sempre apresenta preposição
- sua ausência fará falta à compreensão da ideia;
- apresenta ideia de passividade.
Exemplo: O desenvolvimento da economia é fundamental a minha empresa.
Nesse caso, percebe-se que a economia recebe a ação de ser desenvolvida, logo, apresenta ideia de passividade, ou seja, é um complemento nominal.
- Adjunto Adnominal:
- completa o sentido de substantivos concretos e abstratos;
- nem sempre apresenta preposição, mas, quando essa aparece, é a preposição DE;
- sua ausência não fará falta à compreensão da ideia;
- apresenta ideia de atividade, daquele que realiza a ação;
Exemplo: A pintura do índio cobria todas as paredes da caverna.
Com exemplos desse tipo ocorre muita confusão, pois temos um substantivo abstrato seguido da preposição DE, o que pode ocorrer tanto com o complemento, quanto com o adjunto. Para solucionar é preciso usar a última regra. Note que DO ÍNDIO exerce a função ativa, pois quem realizou a pintura foi o índio, assim, temos um adjunto adnominal.
Dica 4
A Compreensão textual está relacionada à capacidade de o candidato atribuir sentido ao texto que lê. Inicialmente, é necessário fazer a leitura do texto que servirá às questões de língua portuguesa e retirar dali a ideia principal, pois essa será o “mote” do texto apresentado.
A compreensão está no texto, são as informações fornecidas por ele. Um maior cuidado deve ser tomado para não ultrapassar os limites dos enunciados. Será frequente o uso de comandos do tipo: De acordo com o texto; Conforme o texto; De acordo com as ideias do texto.
Detenha-se ao que o enunciado pede, ao recorte estipulado pela banca e não busque “interpretar” quando só é preciso compreender. A interpretação é uma etapa mais aprofundada da leitura; para a compreensão basta ficar atento aos limites sugeridos pela banca.
Exemplo: De acordo com o texto, o Brasil é um dos países que apresenta o maior desenvolvimento na América Latina.
O texto provavelmente mencionou essa ideia, algumas vezes não com essas mesmas palavras, mas com esse posicionamento. Para saber se está certo ou errado, será preciso ter compreendido o que o texto apresentou.
Dica 5
2016 foi a data estipulada para vigorar, definitivamente, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. Com relação às mudanças, algumas merecem um pouco mais de atenção:
- Algumas palavras que eram grafadas com o uso de hífen sofreram alterações:
Mini-saia passou a ser Minissaia; Ultra-romantismo passou a ser ultrarromantismo; isso porque quando a segunda palavra for iniciada por S ou R ocorrerá a duplicação dessas letras, assim, foneticamente, nada se perde.
- Outras palavras que faziam uso do hífen também o perderam:
Auto-escola passou a ser Autoescola, a mudança é justificada pelo encontro de duas vogais diferentes, logo, não ocorre confusão na fonética, o que justifica a retirada do hífen;
- O mesmo não ocorre com palavras em que ocorra o encontro de vogais iguais:
Microondas passou a ser Micro-ondas, pois o encontro das vogais pode comprometer a pronúncia.