PM-PR: Medalhista Pan-Americano é um dos alunos AlfaCon aprovados no concurso

Na semana passada, divulgamos o número de alunos AlfaCon aprovados no concurso da Polícia Militar do Paraná. E hoje vamos trazer uma entrevista com Roberto Maehler, medalhista no Pan-Americano de 2007 e um dos 1.800 aprovados na PM-PR, no cargo de Bombeiro Militar.

AlfaCon: Em 2007 você foi campeão no Pan-americano. Conte-nos sobre essa vitória e como foi pra você essa conquista.
Roberto: A conquista que tive em 2007 foi, para mim, o resultado mais importante até hoje. É difícil não lembrar de todos os detalhes para chegar à tão sonhada medalha de ouro e o que mudou em minha vida após esse título. Posso afirmar que o caminho não foi fácil, foram anos de treinamento intenso, brigas com o sistema (política do esporte) e o próprio frio em Cascavel – quando chega o inverno, a luta não fica só em baixar tempo e terminar o treino com sucesso, mas também aguentar o frio e não desanimar. Lembro que chegamos a treinar com -1º C. Além disso, eu esperava mais em relação ao governo, o auxilio após ter ganhado o ouro nos jogos Pan-Americanos, mas não foi bem assim. A princípio, tive promessas e mais promessas das autoridades, dos órgãos públicos, mas nada mudou. Para se ter uma ideia, já fazem quase seis anos que ganhei o Pan, e ainda estou esperando o prêmio prometido pela Confederação Brasileira de Canoagem – CBCA.
Depois disso, continuei trabalhando forte para competir nos Jogos Pan-Americanos de 2011, no México, porém me desgastei demais com o sistema e fiquei a menos de um segundo da medalha de ouro e da vaga Olímpica de Londres. Acredito que se tivesse ganhado o ouro, hoje teria melhores condições para seguir até 2016. Mas ganhei com esses títulos, o respeito e o carinho das pessoas de Cascavel, nas quais ainda tenho alguns patrocinadores que me ajudam com o suporte para continuar treinando rumo ao sonho de chegar às Olimpíadas.

A: Por que você optou pelos concursos públicos, mesmo sendo campeão Pan-Americano?
R: Bem, hoje sou formado em Educação Física, e estou fazendo especialização em Treinamento Desportivo, mas, mesmo sendo especialista em uma área, percebi que meu futuro não está garantido e, como pretendo me aposentar depois das Olimpíadas do Rio de Janeiro, comecei a pensar no que faria depois. Então, conversando com alguns amigos que já eram “alfartanos”, concluí que seria ótimo passar em um concurso público da Polícia Militar. Isso porque o militarismo apoia o esporte, tanto que existem os Jogos Militares, então, se passasse, conseguiria conciliar os dois, e, após 2016, seguir minha profissão no militarismo.

A: Como você conheceu o AlfaCon?
R: Em 2003, eu ganhei uma bolsa do Alfa por ser atleta. Desde então, vinha acompanhando os “estragos” que o Alfa vinha fazendo nos vestibulares e em concursos públicos, e, em conversa com outro atleta que estava se preparando para o concurso de Bombeiro Militar, e uma amiga que está se preparando para PF e PRF, resolvi me dedicar o máximo possível para conquistar uma vaga e tinha apenas cinco semanas para o concurso. Foi quando comecei a ver os vídeos do AlfaCon na internet, e, em parceria com o professor Evandro, iniciei o intensivo presencial.

A: Como foi o seu processo de preparação até a conquista da vaga?
R: No mês de Janeiro, quando iniciei a preparação, recebi a convocação para treinar na seleção em São Paulo para os eventos internacionais de 2013. Foi onde conversei com o Professor Evandro, para assistir apenas duas semanas de aula enquanto ficava em Cascavel. Mas, durante essas duas semanas, eu conheci o espírito de “Afartano”, e o prazer de estudar com a equipe AlfaCon. Ouvir as histórias dos professores foi me dando cada vez mais forças para continuar estudando. Foi então que decidi deixar de treinar com a seleção para ficar estudando para o concurso.
Nas últimas quatro semanas, eu praticamente morei no Alfa. Treinava de manhã, estudava à tarde e à noite, sábados e domingos eu passava o dia inteiro no Alfa, era: revisão, simulado e correção, ou era a maratona. Nesse período meu relacionamento também acabou, pois minha namorada pensava que eu estava indo para o curso porque conheci alguém e estava me encontrando com essa pessoa. O mais louco é que, pelo menos umas três vezes na semana, algum professor entrava na sala para falar que aconteceria isso: “sua namorada (o) vai pensar que você está ficando louco (a) ou está se encontrando com alguém. Sejam fortes: foco. O concurso está chegando!” Mas agora já resolvemos a questão e voltamos.

A: O que mudou na sua vida desde então?
R: Estou ansioso esperando o resultado da redação, porém fiquei louco pelos estudos e concursos. Já fiz o concurso para Agente Penitenciário Estadual, e agora estou estudando para Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal. Também pretendo fazer outros concursos que aparecerem durante essa nova jornada.

A: Roberto, para encerrar a entrevista, que tal deixar um recado para os demais alunos AlfaCon?
R: “A dor é inevitável, desistir é para sempre”.

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