Concurseiro tira “férias” nas festas de fim de ano?

Natal, Ano Novo, pandemia, edital aberto… Será que é momento de parar? Veja o que dizem os concurseiros

As comemorações de Natal e Ano Novo estão chegando e surgem as dúvidas para muitos concurseiros: devo tirar “férias” durante as festas de fim de ano? Como posso conciliar as comemorações com os estudos para concursos? Em um ano atípico por conta da pandemia, é hora de relaxar um pouco ou manter o ritmo?

Para responder essas e outras perguntas sobre o assunto, nada melhor do que conversar com concurseiros que já passaram pela mesma situação, podem contar como fazem nesse período e têm muitas dicas para ajudar na hora da decisão. Confira abaixo as experiências:

Thiago Munhoz, estuda para Carreira Policial

O alfartano Thiago Lima Munhoz estuda presencialmente na sede do AlfaCon, em Cascavel, há dois anos. Durante o ano, como ele trabalha o dia inteiro, sua rotina de estudos têm início no período da noite, com aulas das 19h às 22h30. Depois disso, Thiago continua com seu estudo dirigido até as 2h da madrugada. 

Já nos fins de semana, ele conta que prefere acordar mais tarde, correr, cozinhar e recarregar as energias. Mas, mesmo assim, separa algumas horas para estudar, iniciando por volta das 18h e terminando também às 2h da madrugada para não perder o ritmo. 

Nas comemorações de fim de ano, Thiago se dá o direito de curtir apenas os dias de festa, voltando a estudar no dia seguinte. “Prefiro abdicar de alguns momentos de lazer para estudar, e quando estiver aprovado, aproveitar com muito mais tranquilidade e qualidade”, afirma.

Ele ainda destaca que a estratégia de estudos no fim do ano para quem está no pré-edital e para quem está no pós-edital pode ser diferente. “Um estudo pós-edital é muito mais intenso, muito mais focado do que aquele estudo feito pré edital. Não que o pré seja mais leve, porém, comparado ao edital aberto, a energia é menor.”

A primeira dica do concurseiro para quem ainda é novo na preparação para concursos e não sabe como conciliar os estudos com as festas, mesmo que seja virtualmente por conta da pandemia, é ter foco no concurso.

“Pensar sempre que pode ter alguém se dedicando mais que você e garantindo a vaga. Outra dica é ter paciência quanto ao tempo para aprovação. Tudo na vida tem um dono, uma hora chega a sua vez. Faça por merecer, dedique-se, sua hora vai checar, com certeza”, diz.

Railson Guedes, estuda para PF e PRF

Railson Ernandes Gonçalves Guedes estuda há dois anos e oito meses também no curso presencial do AlfaCon, em Cascavel. O seu foco é ser aprovado na Polícia Federal (PF) ou Polícia Rodoviária Federal (PRF). 

Para o concurseiro, quem está se preparando pode tirar “férias”, mas isso depende da situação atual da pessoa. “Se o edital estiver para sair ou com alguma autorização pronta, acho que não é hora de férias. Se a pessoa começou a estudar agora, também acredito que não deve tirar férias. Mas se for um concurseiro que já tem mais experiência, que está bem na resolução de questões, acredito que não seja um problema descansar um pouco”, explica.   

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No caso de Railson, quando o edital não está aberto ou não tem autorização durante o período de fim de ano, ele visita a sua família. “Passo Natal e Ano Novo e volto na sequência. Geralmente, entre os dias 22 de dezembro e 2 de janeiro”. Neste ano, no entanto, ele afirma que vai ficar em Cascavel porque o edital já está aberto e a prova é em fevereiro. “Só vou viajar depois da prova, agora segue tudo normalmente, continuo estudando, não tem Natal, Ano Novo com edital aberto”, conta. 

Railson diz que só para os estudos por pouco tempo nos dias 25 de dezembro e 1 de janeiro para ver a família, mesmo que seja online. “Isso é muito importante. Temos que dar uma importância muito grande para a família, principalmente se a nossa base vem dela.” 

A orientação do concurseiro para quem está começando nos estudos é só se dar “o luxo de algumas festividades quando estiver estudado pelo menos 50% do edital”. Além disso, sempre trabalhar com metas.

“Eu sempre trabalhei com metas. Por exemplo, quando eu comecei, decidi que só depois de dois anos eu ia visitar a minha família, foi o que eu fiz. Se tem edital aberto, fico por Cascavel, só viajo depois da prova. E assim acontece todos os anos, faz parte do show”, comenta. 

E você, concurseiro, como vai conciliar as festas de fim de ano, a pandemia e os estudos para concursos?