O professor do AlfaCon Macelo Aragão, especialista em preparação para concursos de tribunais de contas, traz dicas de ouro para os candidatos do concurso TCU para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo. Confira!
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Concurso TCU: como estudar para o cargo de auditor?

O professor do AlfaCon Marcelo Aragão, especialista em preparação para concursos de tribunais de contas, traz dicas de ouro para os candidatos do concurso TCU para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo. Confira!

Aguardado desde março de 2020, o concurso TCU está com as inscrições abertas até até as 16h do dia 20 de dezembro de 2021 por meio do site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), organizadora do certame. A taxa de inscrição é de R$ 180,00. O Tribunal de Contas da União oferece 20 vagas imediatas para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo. O cargo exige escolaridade em nível superior, e conta com vencimento básico inicial de R$ 6.635,29, acrescido de diversos benefícios.

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A boa remuneração deve atrair um número considerável de candidatos. De acordo com o portal de transparência, o inicial para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo pode chegar a R$ 21.947,82.

No TCU, em seis anos é possível chegar ao topo de carreira, pois há uma progressão padrão a cada seis meses no cargo. É uma das progressões mais rápidas do serviço público. Confira o detalhamento dos vencimentos e benefícios para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo do TCU:

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Vencimento básico inicial – R$ 6.635,29
Gratificação de Desempenho – R$ 8.475,69
Gratificação de Controle Externo – R$ 6.767,99
Abono/ Lei 10.698/2003 – R$ 68,85
Total – R$ 21.947,82

O momento, agora, é de intensificar os estudos para chegar bem preparado no dias dos exames, que serão aplicados no primeiro semestre de 2022. O concurso anterior do TCU foi organizado pelo Cebraspe/Cespe, em 2015. Nesta atual seleção, organizada pela banda da FGV, os candidatos serão avaliados em três etapas:

  • Prova Objetiva, de caráter eliminatório e classificatório
  • Prova Discursiva, de caráter eliminatório e classificatório
  • Programa de Formação, de caráter eliminatório

O Blog do AlfaCon ouviu o especialista na área e professor da disciplina de Auditoria, Marcelo Aragão, para trazer dicas importantes para os candidatos nesta jornada. A primeira consideração de Aragão foi para os candidatos que estejam preocupados com a “troca” de banca organizadora do concurso TCU.

“Isso não deve ser um motivo de grande preocupação, porque as bancas observam umas às outras e sempre se repete alguns temas. O fundamental para a preparação será solucionar o maior número de questões possível de provas anteriores para tribunais de contas. As questões do Cebraspe serão importantes para a prova discursiva, já que essa banca já elaborou muitas questões para tribunais nos últimos anos, que tratam de assuntos técnicos, e são fundamentais para o estudo, além de poder se tornar objeto de prova da FGV na discursiva”, alertou o professor Marcelo Aragão, que traz mais dicas preciosas nesta matéria do Blog do AlfaCon.

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O que faz um Auditor Federal de Controle Externo do TCU?

Para se candidatar ao cargo de Auditor Federal de Controle Externo do concurso TCU, os requisito são: diploma de conclusão de curso de nível superior ou habilitação legal equivalente em qualquer área de formação, devidamente registrado e fornecido por instituição de ensino superior reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).

As principais atribuições dos auditores de controle externo no exercício de suas competências são:

I – coordenar e desenvolver trabalhos voltados para o planejamento, modernização e a transformação digital dos procedimentos e atividades de controle externo a cargo do Tribunal;
II – examinar, instruir, organizar e acompanhar processos, documentos e informações relativos a matérias de controle externo ou administrativa que lhe sejam distribuídos;
III – instruir processos relativos a contas, atos sujeitos a registro e fiscalização de atos e contratos que, por força de disposições constitucionais, legais ou regulamentares, são apresentados ao Tribunal;
IV – assessorar autoridades em assuntos e atribuições na área de controle externo;
V – coletar e analisar dados e informações, bem como desenvolver, implantar e utilizar algoritmos e modelos para detecção de anomalias e predição de resultados que deem suporte às atividades de controle externo a cargo do Tribunal;
VI – propor, planejar, executar e coordenar trabalhos de fiscalização, em suas diversas modalidades, nas unidades, áreas, programas projetos ou atividades vinculadas às competências do TCU, com a elaboração dos respectivos relatórios e exame de recursos;

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VII – quando devidamente designado ou autorizado, colaborar com o Congresso Nacional ou suas Comissões, com o Poder Judiciário e outros órgãos da Administração, em matéria afeta ao Tribunal;
VIII – compor e, quando for o caso, coordenar comissão, equipe de fiscalização e grupo de trabalho ou de pesquisa instituídos no âmbito do Tribunal ou em decorrência de acordos de cooperação ou convênios firmados pelo TCU;
IX – efetuar o cálculo de débitos em processos de controle externo e administrativos e das quotas referentes aos Fundos de Participação dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
X – aplicar e contribuir para a disseminação de práticas e diretrizes recomendadas ou determinadas pelo Tribunal;
XI – participar de trabalhos na área administrativa em situações que requeiram especialização na sua área de conhecimento; e
XII – executar outros trabalhos da área de controle externo determinados por sua chefia.

O ocupante do cargo de AUFC pode, independente da área de atividade e no exclusivo interesse da Administração, exercer suas atribuições em qualquer unidade integrante da estrutura organizacional do TCU, observado as normas aplicáveis e o disposto na Resolução -TCU nº 332/2021.

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Como estudar para o concurso TCU para Auditor Federal de Controle Externo?

A primeira etapa do processo seletivo será de prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório. O exame será realizado em todas as capitais do país, inicialmente marcado para 13 de março de 2022, às 13h, e terá cinco horas de duração. O professor Marcelo Aragão chama atenção para o fato de os concursos para o TCU serem tradicionalmente muito pesados e muito concorridos. São 17 disciplinas no conteúdo programático.

“Este período pós-edital é para o candidato que já está se preparando há algum tempo adaptar a sua preparação. Quem está começando do zero terá mais dificuldades de chegar às provas com uma base forte“, disse Aragão, ressaltando que metade dos 200 pontos em jogo estará a cargo das questões discursivas e, por isso, os candidatos devem ficar atentos em desenvolver bem o conhecimento teórico.

Os candidatos serão avaliados por meio das disciplinas de:

  • Conhecimentos Gerais (P1) valendo 50 pontos
    Bloco I (30 questões)
    – Língua Portuguesa
    – Língua Inglesa
    – Matemática Financeira
    – Controle Externo
    – Administração Pública

Bloco II (20 questões)
– Direito Constitucional
– Direito Administrativo
– Direito Civil
– Direito Processual Civil
– Sistema Normativo Anticorrupção

  • Conhecimentos Específicos (P2) valendo 50 pontos
    Bloco I (25 questões)
    – Estatística
    – Análise de Dados

Bloco II (25 questões)
– Auditoria Governamental
– Contabilidade do Setor Público
– Análise das Demonstrações Contábeis
– Administração Financeira e Orçamentária
– Economia do Setor Público

Prova objetiva
O professor frisou o reforço nos estudos da disciplina Língua Portuguesa, que costuma trazer questões muito difíceis nas provas da FGV. A dica é refazer um a amostragem bem significativa de provas elaboradas pela banca nas áreas do Direito e de tribunais, além de procurar um professor da disciplina que comente essas questões, para entender principalmente as exigências de interpretação de texto. Mas, ainda de acordo com Marcelo Aragão, a grande novidade (e motivo de preocupação para muitos candidatos) é a exigência da disciplina Análise de dados, inédita no concurso TCU.

“Em função do perfil atual desejado para um auditor no tribunal, que consiga fazer uma análise preditiva usando uma série de ferramentas tecnológicas, cruzando dados, usando inteligência, essa prova terá foi incluída no programa e terá um grande peso. Junto com Estatística, forma 25% do total de pontos da prova objetiva”, alertou o professor, indicando a prioridade nos estudos dessa disciplina, tanto por ser nova quanto pelo seu peso (metade da prova P2 e 25% dos pontos totais da prova objetiva).

Marcelo Aragão alertou os candidatos que, embora não haja muitas questões discursivas dos assuntos do edital elaborados pela FGV (“porque a FGV elaborou poucos concursos para tribunais de contas”), para entender o estilo da banca o candidato deve fundamentalmente refazer as seguintes provas, dos seguintes concursos, elaboradas pela FGV:

  • TCM-SP 2015
  • TCE-PI 2021
  • TCE-AM 2021

“Dessa forma, serão duas provas um pouco mais antiga e quatro provas recentes, contando objetivas e discursivas, elaboradas pela FGV, que darão um norte aos candidatos sobre qual é a tendência da banca. Inclusive é uma boa opção usá-las para simulados“, indica o professor do AlfaCon.

O professor também ressalta que em Auditoria, o estilo adotado pela FGV tem sido de cobrar normas. “A NAT, as Normas de Auditoria do Tribunal de Contas da União aprovadas pela Portaria-TCU 280, de 8 de dezembro de 2010, é fundamental nesse concurso. Assim como o Manual de auditoria operacional do TCU, que foi revisado no final de 2020. Outra referência forte para esse concurso são normas internacionais de auditoria, as Intosai, e a ISSAI 100, que têm que ser lidas porque o TCU vai assumir a presidência da Intosai em 2022, e essas normas internacionais passam a ter um peso muito grande para o concurso.”

Alguns outros assuntos que devem ser priorizados nas provas, de acordo com Marcelo Aragão, são:

  • Julgamento de contas
  • Competência fiscalizadora do TCU
  • Organização do tribunal (em termos de plenário, câmara, regras de ministro, de auditores substitutos, o que compete ao plenário e às câmaras, o papel e a competência do Ministério Público junto ao tribunal, critério de escolha de ministros)
  • Lei Orgânica e regimento interno do TCU
  • Competências constitucionais do TCU na Constituição Federal
  • Princípios de simetria das constituições estaduais

Prova discursiva
A prova discursiva, de caráter eliminatório e classificatório, será realizada, em todas as capitais que contarem com candidatos aprovados na prova objetiva, na data provável de 22 de maio de 2022, também a partir das 13h, com cinco horas de duração. O exame será formatado da seguinte maneira, de acordo com o edital:

  • P3: composta por 2 questões discursivas de conhecimentos gerais a serem respondidas em até 20 linhas, valendo 15 pontos cada;
  • P4: composta por 2 questões discursivas de conhecimentos específicos a serm respondidas em até 20 linhas cada, valendo 15 pontos cada;
  • Redação de peça de natureza técnica: a ser elaborada em até 50 linhas valendo 40 pontos.

“Nas discursivas, a FGV elabora questões utilizando temas mais gerais. Mas o candidato deve estar atento, porque no concurso TCU o tema será técnico, com a provável solicitação de análise prática para um caso hipotético. Tem que ter máxima atenção ao Direito Administrativo em licitações e contratos, que deve ter um peso grande na prova, e em Auditoria há uma importância para risco, que fica bem claro no edital”, disse Marcelo Aragão, que listou alguns dos assuntos que podem ser objeto desse exame:

  • Administração Orçamentária e Financeira
  • Contabilidade Pública
  • Controle externo (lei orgânica, as competências do TCU, regimento interno)
  • Metodologias de Amostragem
  • Risco (inerente, de controle, de detecção, quais são as respostas e termos de testes substantivos, em termo de natureza, extensão e profundidade ao risco avaliado)

Programa de Formação
O Programa de Formação será realizado exclusivamente em Brasília/DF, e terá a duração mínima de 120 horas, regido por edital e regulamento próprios, com as especificidades listadas no edital do concurso TCU.

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