Conheça Ricardo Salgueiro, aluno aprovado no concurso da PRF

No inicio desta semana, foi divulgado o edital do concurso público para Polícia Rodoviária Federal. E, hoje, para incentivar você, concursando que está se preparando para prova da PRF, nós trouxemos uma entrevista perfil com Ricardo B. Salgueiro, ex aluno AlfaCon aprovado na Polícia Rodoviária Federal, confira:

AlfaCon: Como foi sua infância?
Ricardo: Tenho 32 anos, sou natural da cidade de Umuarama, noroeste do estado do Paraná, tive uma infância bastante simples, trabalhei na roça desde muito cedo para ajudar meu pai. Estudei em Escola Rural até a 4ª série, quando voltava da escola meu almoço me esperava na lavoura mesmo. Toda minha fase de estudos foi assim, aos 14 anos comecei a trabalhar na cidade, pra onde ia montado numa bicicleta velha por uns 10 km. Tinha que voltar rápido no final do expediente para conseguir voltar para o colégio. Quando terminei o 2º grau tive que parar de estudar, pois fazer faculdade não dava.

AlfaCon: Quando decidiu fazer concurso?
Ricardo: Com 18 anos, me inscrevi para um concurso da Guarda Municipal de Umuarama, bati na trave, mas sem estudar muito, pois, nessa época, achava que concurso era sorte. Em 2002, com 20 anos, fiz um concurso para a Sanepar. Nesse eu passei e, em 2003, vim morar em Catanduvas, mal sabia que isso mudaria minha vida. Principalmente por causa da construção da Penitenciária Federal de Segurança Máxima.
Apesar de nunca ter trabalhado na penitenciária, por causa dela tive a oportunidade de conhecer algumas pessoas e a convivência com essas pessoas mudaram minha vida. No dia 15 de novembro de 2008, comecei a estudar para o concurso do Depen. Com 3 meses de estudo, fiquei por um ponto, quase não acreditei, poderia ter me decepcionado e desistido, mas, ao contrário disso, vi que estava no caminho certo e continuei estudando forte. Em 2009, fiz concurso do Ministério da Fazenda sem estudar o edital, uma vez que meu foco já era a PRF, e fui bem mais uma vez.

AlfaCon: Como foi sua preparação?
Ricardo: Estudava muito, ocupava todo o tempo, vivia com uma apostila embaixo do braço, ou um fone de ouvido, minhas músicas mais ouvidas eram legislação em áudio, meus filmes eram vídeo aulas. Tinha gente que dizia que era louco, dei uma pausa na minha vida social, estudava nas horas de folga durante o dia, ia para o cursinho à noite. Gastava uma hora por dia para ir ao cursinho, mais uma hora pra voltar, enquanto as pessoas iam conversando e fazendo festa no ônibus, estava eu lá, estudando com meu MP4. Minha família testemunhou tudo isso.
Em outubro do mesmo ano, fiz a prova para a PRF, a maior de todas as batalhas até ali, uma vez que estava estudando muito. Passei, mas o concurso foi paralisado por causa de fraudes, foi uma longa espera. Três anos se passaram. Durante esse período, continuei estudando e fazendo outros concursos, sempre com desempenho razoável, só não era melhor porque eu não tirava a cabeça da PRF.

AlfaCon: Como conheceu o AlfaCon?
Ricardo: O AlfaCon entrou na minha vida através do Evandro Guedes, que foi uma das pessoas que colocaram na minha cabeça que eu era capaz. Lembro-me também do dia que conheci o Daniel Sena, o cara chegou na sala e disse que fecharíamos o edital de Direito Constitucional, estudaríamos toda a matéria. Quando cheguei em casa, falei para a minha esposa, “o cara é louco, como alguém pode estudar um edital inteiro?”.

AlfaCon: Por que escolheu a PRF como concurso?
Ricardo: Quando tinha uns 15 anos, tempo que fazia aquela viagem de 10 km de bike, meu irmão mais velho que era pacoteiro de supermercado, ganhou uma apostila “gigante” para o concurso de Patrulheiro Rodoviário Federal, lembro-me que na capa tinha um PRF montado numa Harley-Davidson, eu na bike sonhando com a Harley. Em 2003, eu morava sozinho em Catanduvas, quando ia ao restaurante comer o prato feito do almoço, tinha um comercial de apostilas para o concurso que aconteceria no ano seguinte, lá estava novamente a Harley. Acho que foram essas lembranças, que anos mais tarde me fariam escolher a PRF.

AlfaCon: Fale sobre sua rotina, agora como Policial Rodoviário Federal?
Ricardo: Meu trabalho é tudo de bom, não existe rotina, cada dia é uma nova história, o PRF tem muita autonomia no trabalho, pode se dedicar à área de atuação que se identifica melhor. Minha vida mudou muito, a sociedade respeita meu trabalho, posso exercê-lo com isenção. A escala me permite ter uma vida social muito boa, me dedicando às coisas que gosto. Já estou exercendo as funções há quase nove meses, tempo que está passando voando. Agradeço a Deus, minha família e amigos que sempre torceram por mim.

 

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