Morfologia
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Morfologia para concurso: confira dicas de Língua Portuguesa

Aqui te explicaremos um pouco sobre um dos conteúdos mais importantes: a Morfologia.

Cada banca de concurso pode realizar a cobrança de conteúdo de uma maneira, então, separamos aqui um conteúdo que merece a sua devida atenção

A Morfologia é uma matéria muito importante, muito cobrada e extremamente cheia de detalhes, fazendo com que seja necessária uma grande atenção para cada tema que ela aborda.

Separamos aqui um breve resumo para você entender a base deste conteúdo e assim se aprofundar mais durante a sua preparação para o concurso que você pretende fazer.

O que é morfologia?

É o estudo a respeito das FORMAS, da estrutura, da formação e da classificação das palavras. O objetivo da Morfologia é estudar as palavras isoladas e não a partir da sua função na frase ou período, como ocorre com a sintaxe. 

Sabendo disso, separamos para você uma lista sobre os assuntos que mais caem sobre morfologia para concurso e suas subdivisões.

Morfologia para concurso:

  • Estrutura das palavras 
  • Raiz e radical 
  • Afixos 
  • Desinência 
  • Vogal temática, tema 
  • Vogais e consoantes de ligação 
  • Formação das palavras
  • Derivação Composição 
  • Prefixos 
  • Sufixos 
  • Radicais gregos 
  • Radicais latinos

Classificação das palavras

Na Morfologia, classificamos todas as palavras da Língua Portuguesa e essa nomeação é o que você deve ter um olhar mais atento.

Substantivo

  • Substantivo comuns e próprios 
  • Substantivos concretos e abstratos 
  • Substantivos coletivos 
  • Formação dos substantivos 
  • Flexão dos substantivos 
  • Grau do substantivo  

Adejtivo

  • Definição
  • Adjetivo pátrio
  • Locução adjetiva
  • Flexão dos adjetivos
  • Grau do adjetivo

Preposição

  • Definição 
  • Classificação das preposições 
  • Locução prepositiva

Artigo 

  • Definição 
  • Classificação 

Numeral

  • Definição
  • Classificação
  • Flexão dos numerais

Verbo

  • Definição
  • Classificação dos verbos
  • Locuções verbais
  • Flexão dos verbos
  • Modos e Tempos verbais
  • Vozes do verbo

Conjunção

  • Definição 
  • Conjunções coordenativas 
  • Conjunções subordinativas 
  • Locução conjuntiva 

Pronome

  • Definição
  • Pronomes Pessoais do caso reto
  • Pronomes Pessoais do caso oblíquo
  • Pronome reflexivo
  • Pronome de tratamento
  • Pronome possessivos
  • Pronomes demonstrativos
  • Pronomes indefinidos
  • Pronomes relativos
  • Pronomes interrogativos

Advérbio

  • Definição 
  • Flexão do advérbio 
  • Classificação dos advérbios 
  • Locução Adverbial 

Interjeição

  • Definição 
  • Classificação das interjeições 
  • Locuções interjetivas

As classificações das palavras também podem ser subdivididas em dois outros grupos: variáveis e invariáveis.

Variáveis

🔸Substantivo

🔸Artigo

🔸Adjetivo

🔸Numeral

🔸Pronome

🔸Verbo

Invariáveis

🔹Conjunção

🔹Advérbio

🔹Preposição

🔹Interjeição

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1- SUBSTANTIVO: são vocábulos que dão nomes aos seres, materiais ou imateriais, reais ou não. Os substantivos são classificados em: comum ou próprio, simples ou composto, concreto ou abstrato, primitivo ou derivado e coletivo.

  • Comum: de uma maneira geral, dão nome às coisas.

Exemplo: pessoa, óculos, copo, abraço.

  • Próprio: quando dão nome a coisas particulares. Eles são escritos com letra maiúscula.

Exemplo: Renata, Brasil, São Paulo.

  • Simples: são formados por apenas um radical. (Radical é o elemento que indica o significado básico da palavra)

Exemplo: pedra, cadeira, camiseta.

  • Composto: são formados por mais de um radical.

Exemplo: pé de moleque, passatempo, girassol.

  • Concreto: nomeia coisas palpáveis, coisas do mundo real. Ou seja, nomeia tudo que é possível “ver” ou “tocar” concretamente.

Exemplo: livro, tênis, garrafa, carro.

  • Abstrato: nomeiam coisas não palpáveis, sentimentos, pensamentos.

Exemplo: beleza, alegria, bondade.

  • Primitivo: são aqueles que não derivam de outras palavras.

Exemplo: pedra, ferro, vidro.

  • Derivado: derivam de outras palavras.

Exemplo: pedreiro, ferreiro, vidraçaria

  • Coletivos: se referem a um conjunto de seres:

Exemplo: alcateia, álbum, cardume, fauna, flora.

2- ARTIGO: ele acompanha necessariamente um substantivo, onde a sua função é de classificar esse substantivo de um modo particular ou de um modo geral.

Temos os artigos definidos (o, a, os, as) e indefinidos (um, uma, uns, umas).  

Exemplos: O homem respeita a mulher. (artigo definido) / Um homem respeita uma mulher. (artigo indefinido)

3- ADJETIVO: toda palavra que caracteriza o substantivo, dando a ele uma qualidade, defeito, estado, condição, entre outros.

Exemplo: Homem bom e generoso.

4- NUMERAL: é uma palavra que indica quantidade, fração, múltiplo ou posição. Os numerais são divididos em: cardinais, ordinais, multiplicativos ou fracionários.

  • Cardinais: quantidade determinada (um, dois, três, quatro, cinco…)
  • Ordinais: ordem ou posição (primeiro, segundo, terceiro…)
  • Multiplicativo: indica multiplicação (dobro, triplo, quádruplo, quíntuplo…) 
  • Fracionário: indica divisão, fração ( meio, terço, quarto…) 
  • Numerais coletivos: indicam o número exato de seres ou objetos de um conjunto (dúzia, dezena, década….) 

5- PRONOME: palavra que pode acompanhar ou substituir um nome (substantivo) e que determina a pessoa do discurso. Há seis tipos: pessoais, indefinidos, demonstrativos, possessivos, relativos e de tratamento. Alguns deles: eu, contigo, aquele.

Exemplos: Eu e alguns amigos vimos aquela moto e a comparamos com as nossas, que você nos deu. / Aquele de cabelo cacheado é seu amigo?

6- VERBO: vocábulos que expressam ação, estado ou fenômeno da natureza, podendo flexionar-se em modo, tempo, pessoa e número. 

Exemplos: Sairemos esta manhã? / Chovendo, eu não vou.

7- CONJUNÇÃO: palavra que liga orações, estabelecendo entre elas relações de coordenação ou subordinação. Elas são classificadas em:

  • Coordenativas: aditivas adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
  • Subordinativas: integrantes, causais, comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, temporais, finais e proporcionais.

Exemplos: Eu e você sairemos e voltaremos tarde. / Vou, mas não volto.

8- ADVÉRBIO: indicam circunstância (lugar, tempo, modo), interferindo no sentido de verbos, adjetivos ou outros advérbios

Exemplo: Fui bem na prova.

9- PREPOSIÇÃO: liga termos (ou orações), subordinando, em geral, o consequente ao antecedente. Basicamente é onde ligamos uma frase a outra, estabelecendo relação entre elas. As preposições essenciais são: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, per, sem, sob, sobre e trás.

Exemplos: Caminhou até o parque para se exercitar. / Farei o trabalho com você.

10- INTERJEIÇÃO: expressão ou palavra que demonstra sentimento e emoções. Ela é um termo independente, não se liga a frase

Exemplo: Oh! Ai! Ui! Socorro!

Processos de formação:

É basicamente como as palavras são formadas na Língua Portuguesa, e essa formação se dá em de uma dessas maneiras:

  • Derivação: é o processo pelo qual palavras primitivas e prefixos ou sufixos formam palavras derivadas. Ela é subdividida em prefixação, sufixação, parassíntese e regressiva.
  • Composição: é o processo pelo qual a união de duas ou mais palavras formam a terceira. É subdividida em: justaposição e aglutinação.

Quais são os três tipos de morfologia?

  1. Morfologia Derivacional: Este tipo de morfologia trata das relações entre palavras que compartilham uma mesma raiz, mas que podem ter significados diferentes devido à adição de afixos, como prefixos, sufixos e infixos. Por exemplo, na palavra “felizmente”, o sufixo “-mente” foi adicionado à raiz “feliz”.
  2. Morfologia Flexional: Envolve as mudanças internas que as palavras podem sofrer para indicar diferentes categorias gramaticais, como número, gênero, tempo, modo, entre outros. Por exemplo, em português, o substantivo “cão” pode ser flexionado para “cães” para indicar plural, enquanto o verbo “cantar” pode ser flexionado para “cantava” para indicar o tempo passado.
  3. Morfologia Nominal e Verbal: Além dos tipos gerais de morfologia mencionados acima, pode-se fazer uma distinção entre morfologia nominal e verbal. A morfologia nominal lida com a formação e a estrutura de palavras relacionadas a substantivos, pronomes e adjetivos, enquanto a morfologia verbal trata da formação e estrutura de palavras relacionadas a verbos.

Qual a ordem correta para estudar morfologia?

A ordem correta para estudar morfologia pode variar dependendo do seu nível de conhecimento e dos objetivos específicos do seu estudo. No entanto, em geral, a morfologia, que se refere à estrutura das palavras, é frequentemente ensinada na seguinte ordem:

  1. Radical ou Raiz: Comece estudando os radicais ou raízes das palavras. Estas são as partes fundamentais das palavras que carregam o significado principal. Por exemplo, em “reconstrução”, o radical é “constru-“.
  2. Afixos: Aprenda sobre os afixos, que são as partes adicionadas a uma raiz para criar novas palavras ou alterar o significado. Existem dois tipos principais de afixos: os prefixos (adicionados antes da raiz) e os sufixos (adicionados após a raiz).
  3. Desinências: Estude as desinências, que são afixos usados para indicar categorias gramaticais, como gênero, número, tempo, modo e pessoa. Por exemplo, em português, os sufixos que indicam plural (-s), feminino (-a) ou tempo verbal (-ei, -ia, -arei, etc.) são desinências.
  4. Classes gramaticais: Familiarize-se com as diferentes classes gramaticais, como substantivos, verbos, adjetivos, advérbios, preposições, conjunções, etc. Aprenda as características e funções de cada classe.
  5. Derivação e composição: Estude a derivação (criação de novas palavras por meio de afixos) e a composição (formação de palavras combinando duas ou mais palavras). Isso inclui entender como as palavras se formam a partir de suas partes constituintes.
  6. Análise morfológica: Pratique a análise morfológica de palavras. Isso envolve a identificação das partes constituintes de uma palavra, como o radical, os afixos e as desinências, e a compreensão de como eles contribuem para o significado e a função da palavra na frase.
  7. Vocabulário: À medida que você adquire conhecimento morfológico, construa seu vocabulário, aprendendo novas palavras e analisando sua estrutura morfológica.
  8. Contexto e uso: Por fim, é importante estudar como as palavras são usadas em contextos reais. Isso envolve aprender sobre colocações, frases idiomáticas e as nuances do uso de palavras em diferentes situações.

Qual a melhor forma de memorizar todo conteúdo de morfologia?

Tem uma pessoa que você conhece melhor que você mesmo? Não tem! 

Então, como o Evandro Guedes já disse “O melhor estudo é o seu estudo”, você deve montar seu cronograma de estudos conforme seu tempo para estudar de fato, a ordem dos conteúdos que têm mais facilidade e os que têm mais dificuldade.

Mas, nossa dica é, faça esquemas de informações para melhorar sua memorização sobre os assuntos diversos. Um modo de realizar essa tarefa é por meio de um mapa mental.

Mapa mental é uma maneira de organização de informações. Ele otimiza a sua memória quanto aos temas através de uma divisão visual e simplificada do conteúdo estudado.

Como a Língua Portuguesa é cobrada em algumas bancas

Como você sabe, quem realiza as provas de conhecimentos em concursos são órgãos especializados nessa tarefa, as famosas bancas. Elas são encarregadas de fazer para concurso, uma prova que seja condizente com o nível de escolaridade solicitada na inscrição do próprio. 

Sabendo disso, entendemos também que cada banca tem a sua características, algumas mais difíceis e outras mais fáceis, algumas que cobram assuntos mais voltados para interpretação textual e outras que cobram mais o lado da gramática.

Então preste muita atenção nas mãos de qual banca está o concurso que você fará. Tendo isso em mente, trouxemos para você a “cara” de algumas dessas famosas bancas de concursos públicos.

Consulplan

Apresenta uma pegada mais didática de prova. Quando comparamos com outras, podemos dizer que ela é uma banca relativamente tranquila, mais fácil, pois apresenta a sua parte de interpretação textual com assuntos da atualidade, que aparecem frequentemente em jornais e revistas, visando assuntos sociais. Quanto ao corpo dos textos, tendem a ser mais curtos

Na questão gramatical, procura cobrar: período simples e composto, colocação pronominal, acentuação, crase, concordância verbal e nominal, pontuação, ortografia e vocábulos.

FGV (Fundação Getúlio Vargas)

Esta é uma banca mais temida por ter sua característica mais imprevisível, isso se deve ao fato dela se caracterizar de acordo com o que o concurso pede, por exemplo, se ela está organizando uma prova para área administrativa, a prova não terá, em sua grande maioria, o mesmo “tema/corpo” que a prova para a área policial, ou seja, ela se adapta muito bem.

A parte de interpretação textual foca além de compreensão dos temas abordados, questões que fazem o concurseiro realizar raciocínio lógico de algumas informações, por conta de mensagens subentendidas ao longo do próprio texto

Já na parte gramatical, os temas são: adjuntos, sinônimos e antônimos, morfologia, tipologia e gênero textual, coesão e coerência e questões sobre substituição de frases.

Cesgranrio

Se comparada a banca anterior, podemos considerar a Cesgranrio com dificuldade nível médio, isso porque eles conseguem distribuir muito bem o conteúdo que os mesmos colocam em seu edital, cobrando verdadeiramente um pouco de cada conteúdo lá colocado.

Deve-se ter um olhar mais atento na gramática, devido a mesma tem uma boa parte da sua prova voltada para esse lado da língua portuguesa. Então quando você for estudar para algum concurso onde ela é a banca responsável, se debruce nos estudos da gramática normativa e linguística textual (tipos textuais: narrativo, descritivo, dissertativo, expositivo, injuntivo).

ESAF

Conhecida por ter suas provas muito extensas, a Esaf também é classificada como nível menos difícil que a FGV. Normalmente no começo da prova é onde estão as questões mais desgastantes e longas, fazendo com que o candidato seja vencido pelo cansaço, e assim preste mais atenção em detalhes que podem ser fundamentais para a interpretação e resolução de questões.

Ela também tem como característica a cobrança de todos os conteúdos apresentados no edital, por isso também é necessário ter um bom domínio de todos os assuntos colocados nas áreas de conhecimento. 

Quanto à Língua Portuguesa, sua principal cobrança está em morfologia, semântica e sintaxe, ortografia, pontuação e compreensão de textos. 

IADES (Instituto Americano de Desenvolvimento)

Famosa por realizar concursos federais, a IADES tem sua classificação como difícil quando colocada perante bancas como FGV e Cespe/Cebraspe. Suas questões possuem um nível complexo da gramática normativa, textos e enunciados muito longos, além disso, os textos cobram muito sobre as funções do cargo que está sendo disputado no concurso.

Os conteúdos desta banca examinadora procuram ser: acentuação e ortografia, reescrita de frases com análise da correção sintática dos novos termos empregados, pronomes e colocação pronominal, carga semântica de conectores (preposições e conjunções) e análise sintática do período simples e do período composto.

Cebraspe (antigo Cespe/UnB)

É temida pelos concurseiros por conta do seu sistema de pontuação diferente e questões mais complexas, sendo considerada uma das bancas mais difíceis. Isso se dá por conta do método empregado por eles de “certo ou errado”, uma podendo anular a outra. Assim, a banca procura acabar com a chance de acerto ao acaso.

No Português, sua fundamentação, além da interpretação de texto, é em reescrita de frases. Morfologia, semântica, pontuação, coerência e coesão são outras matérias que aparecem bastante durante a prova de Língua Portuguesa. 

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Agora que você já sabe um pouco sobre o que é morfologia e como a Língua Portuguesa é cobrada por algumas bancas, você deve ter a melhor preparação possível sobre todos os outros conteúdos que a banca do seu tão sonhado concurso público está solicitando.

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