Além de provas objetivas e/ou discursivas, alguns concursos públicos têm ainda as provas de títulos e/ou investigação social. Mas você sabe o que são e como funcionam essas outras duas etapas? Entenda nesta matéria!
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O que são provas de títulos e investigação social nos concursos?

Entenda como funcionam essas outras duas etapas de avaliação presentes em alguns concursos públicos

Além de provas objetivas e/ou discursivas, alguns concursos públicos têm ainda as provas de títulos e/ou investigação social. Mas você sabe o que são e como funcionam essas outras duas etapas? Entenda nesta matéria!


Como funciona a prova de títulos em concurso público?

A prova de títulos – análise de títulos ou análise curricular, como também é conhecida –, está prevista no artigo 37 da Constituição Federal, tem caráter classificatório, é facultativa e geralmente ocorre depois das provas objetivas e/ou discursivas

Nesta fase, os candidatos classificados são chamados para apresentar os seus “títulos”, que são os diplomas e certificados que confirmam formações educacionais e profissionais. Toda vez que um concurso público tiver essa etapa, no edital virá descrito quais são os títulos que poderão ser apresentados, como MBA, pós-graduação, mestrado, doutorado, publicação de trabalhos científicos, exemplos de experiências profissionais, entre outros. 

Além disso, serão informadas as pontuações atribuídas a cada um desses títulos. Para os pesos atribuídos, não há regras que valem para todos os concursos, isso varia conforme as exigências do órgão. 

Embora ninguém possa ser eliminado nessa etapa, a nota alcançada pode ser decisiva para garantir a vaga no certame, já que quem tiver mais títulos recebe mais pontos. Quem não tiver títulos, somente não pontua nessa fase e permanece com a nota das provas objetivas e/ou discursivas. 

A forma mais habitual para comprovar os títulos é o candidato levar os documentos – que em muitos casos são cópias autenticadas em cartório – até o local indicado no edital, dentro do prazo estabelecido. Outras maneiras de apresentação dos títulos são por envio pelos correios, no dia da prova ou no dia da posse do cargo.

Leia mais: Quais são as vantagens de ter um cargo público?


Como funciona a prova de investigação social em concurso público?

A etapa de investigação social, comum em concursos policiais e jurídicos, é quando a vida pessoal e profissional do candidato é avaliada

Geralmente, a investigação social em certames inicia pelo preenchimento de uma ficha de informações pessoais bastante completa, com dados sobre residência, escolaridade, situação econômica, relações familiares, informações judiciais, entre outras.

Nessa ficha, qualquer dado falso poderá fazer com que o candidato seja reprovado imediatamente. Vale destacar que a ficha é totalmente sigilosa. Durante a investigação social também é investigado os antecedentes criminais do participante

Em geral, o candidato pode ser reprovado, por exemplo, em situações de:

  • Cumprimento de condenação criminal;
  • Antecedentes criminais;
  • Inscrição em torcida organizada;
  • Ações de violência na vida privada e pública;
  • Consumo de bebida alcoólica em excesso; etc.

Ter o nome inscrito no Serasa/SPC, o famoso “nome sujo”, pode te impedir de participar de concursos públicos. Essa decisão foi tomada pelo plenário do STF (Supremo Tribunal Federal), no dia 10 de fevereiro de 2023, que alegou ser constitucional o dispositivo do CPC (Código de Processo Civil), autorizando assim juízes a determinarem “medidas coercitivas” nos casos em que as julguem necessárias.

Leia mais: Pessoa com nome sujo pode fazer concurso? Descubra!

O que pode prejudicar na investigação social?


A investigação social em concursos públicos é uma etapa importante para avaliar a idoneidade e a conduta dos candidatos em busca de cargos públicos. Certos aspectos da vida de um candidato podem ser considerados prejudiciais durante essa investigação. Algumas situações que podem prejudicar você na investigação social incluem:

  1. Antecedentes criminais: Ter um histórico de condenações criminais pode ser um fator negativo. Isso inclui crimes graves e até mesmo infrações menores, dependendo das políticas do concurso e da natureza do cargo.
  2. Dívidas e problemas financeiros: Ter uma grande quantidade de dívidas não resolvidas, histórico de inadimplência ou má administração financeira pode levantar preocupações sobre sua responsabilidade e capacidade de lidar com situações financeiras.
  3. Uso de drogas: Se você tiver um histórico de uso de drogas ilícitas, isso pode ser considerado prejudicial, principalmente em cargos que requerem alta responsabilidade e integridade.
  4. Histórico de comportamento antiético ou imoral: Envolvimento em atividades imorais, antiéticas ou prejudiciais à sociedade pode levantar dúvidas sobre sua adequação para um cargo público.
  5. Mentiras ou falsificações: Fornecer informações falsas ou enganosas em sua candidatura ou durante a investigação social pode resultar em desqualificação.
  6. Associações suspeitas: Ter relações próximas com pessoas com histórico criminal ou envolvimento em atividades suspeitas pode levantar preocupações sobre sua própria conduta.
  7. Histórico de comportamento violento ou agressivo: Envolvimento em situações de violência ou agressão pode ser considerado um risco para o ambiente de trabalho e para o relacionamento com colegas e cidadãos.
  8. Questões de integridade: Comportamentos que indicam falta de integridade, como trapaça acadêmica ou profissional, podem prejudicar sua credibilidade como candidato.
  9. Uso inadequado das redes sociais: Postagens controversas, ofensivas ou inadequadas em suas redes sociais podem ser descobertas durante a investigação e afetar sua reputação.
  10. Falta de estabilidade emocional ou psicológica: Histórico de problemas de saúde mental não tratados ou situações que indiquem instabilidade emocional podem ser considerados como riscos potenciais para um cargo público.

Lembre-se de que a avaliação da investigação social varia de acordo com o cargo, a instituição e as políticas específicas do concurso. É importante fornecer informações precisas e completas durante todo o processo de candidatura, bem como se preparar para responder a perguntas relacionadas a qualquer aspecto potencialmente negativo do seu histórico.


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